A caderneta de poupança, por anos considerada uma das principais opções de investimento dos brasileiros, tem perdido atratividade devido à sua baixa rentabilidade. Mesmo com o aumento da taxa Selic, que eleva os rendimentos de diversos ativos financeiros, a poupança permanece com ganhos limitados, especialmente em momentos de inflação alta. Diante desse cenário, cresce a busca por alternativas que combinem segurança, liquidez e maior retorno.
Confira algumas opções de investimento que podem superar a poupança em termos de rentabilidade e entenda como cada uma funciona.
1. Tesouro Selic: seguro e acessível
O Tesouro Selic é uma das alternativas mais populares para quem busca substituir a poupança. Esse título público acompanha a taxa básica de juros da economia (Selic), garantindo rendimentos mais atrativos do que os da caderneta.
Além de ser seguro, pois é garantido pelo governo federal, o Tesouro Selic oferece alta liquidez, permitindo resgates em dias úteis. A aplicação inicial é acessível, com valores a partir de R$ 30, o que facilita o acesso para pequenos investidores.
2. CDBs com liquidez diária
Os Certificados de Depósito Bancário (CDBs) são uma maneira de investir em renda fixa por meio de títulos emitidos por bancos. Entre as diversas modalidades, os CDBs com liquidez diária permitem que o investidor resgate o dinheiro a qualquer momento, o que os torna comparáveis à poupança em termos de flexibilidade.
Esses produtos frequentemente oferecem rendimentos atrelados a um percentual do CDI (Certificado de Depósito Interbancário), que geralmente supera os ganhos da poupança. Bancos menores costumam oferecer taxas mais atrativas, mas é importante verificar a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que protege valores de até R$ 250 mil por instituição.
3. Fundos DI: alternativa prática
Os fundos de renda fixa que acompanham o CDI, conhecidos como Fundos DI, são outra opção para quem deseja sair da poupança. Esses produtos têm como objetivo replicar o desempenho do CDI e são geridos por profissionais, o que simplifica a experiência para investidores iniciantes.
Entretanto, é fundamental avaliar as taxas de administração cobradas pelo fundo, já que valores altos podem corroer os ganhos. Fundos com taxas abaixo de 0,5% ao ano costumam ser mais vantajosos.
4. Letras de Crédito (LCI e LCA)
As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA) são títulos de renda fixa emitidos por bancos para financiar setores específicos da economia. Além de oferecerem rendimentos superiores à poupança, esses produtos têm a vantagem de serem isentos de Imposto de Renda para pessoas físicas.
Com prazos variados, as LCIs e LCAs atendem tanto a investidores que precisam de liquidez quanto àqueles que buscam opções de longo prazo. Assim como os CDBs, esses títulos contam com a proteção do FGC.
5. Fundos de índice (ETFs): exposição ao mercado com baixo custo
Para quem busca diversificação e está disposto a assumir um pouco mais de risco, os ETFs (Exchange Traded Funds) podem ser uma boa alternativa. Esses fundos replicam o desempenho de índices de mercado, como o Ibovespa, e são negociados na bolsa de valores.
Apesar de serem mais voláteis do que a poupança, os ETFs oferecem maior potencial de retorno no longo prazo. Por serem diversificados e terem custos de gestão reduzidos, são indicados para investidores que querem começar a explorar a renda variável de maneira prática.
6. Contas remuneradas
Nos últimos anos, diversas fintechs e bancos digitais passaram a oferecer contas remuneradas, que pagam um percentual do CDI sobre os valores mantidos em conta. Essas contas funcionam de forma semelhante à poupança, mas geralmente apresentam rendimentos significativamente superiores.
A praticidade e a ausência de taxas são atrativos dessa modalidade, que tem ganhado popularidade entre quem deseja aliar rentabilidade a facilidade de uso.
Por que abandonar a poupança?
Apesar de sua tradição, a poupança apresenta rendimentos limitados e, em alguns casos, pode até perder para a inflação, reduzindo o poder de compra do investidor. Em contrapartida, as alternativas citadas combinam segurança e maior potencial de ganho, com níveis de risco controlados.
Ao optar por essas opções, é importante que o investidor considere fatores como prazo de resgate, tributação e seu perfil de risco. Diversificar as aplicações também é uma estratégia recomendada para equilibrar segurança e rentabilidade.
Com o mercado financeiro oferecendo cada vez mais alternativas acessíveis e competitivas, sair da poupança pode ser o primeiro passo para otimizar seus investimentos e alcançar melhores resultados financeiros.