Com a chegada do inverno, precisamos adotar uma abordagem cautelosa com relação à nossa saúde respiratória. A combinação de temperaturas em declínio e um clima mais seco propicia o aparecimento de doenças respiratórias.
Navegando os desafios climáticos
Durante esse período, nosso país enfrenta desafios exacerbados pela presença da gripe influenza. A partir de julho, começamos a presenciar registros de temperaturas geladas, próximas ou abaixo de 0º C. Esse frio severo impõe que qualquer indivíduo que necessite sair, particularmente nas primeiras horas do dia, esteja bem agasalhado. O frio intenso, quando alinhado com a atmosfera seca que é típica dessa estação, facilita a disseminação de várias doenças.
As principais ameaças respiratórias do inverno
Durante o inverno, a gripe, ou influenza como conhecemos no jargão médico, se faz mais presente. Esta denominação, que tem suas raízes no latim, alude ao papel do frio na propagação da doença. Além desta, a sinusite bacteriana também tende a ver um aumento na incidência com a chegada do clima mais frio.
À medida que nos encaminhamos para os meses de agosto e setembro, que são um pouco mais “quentes”, um novo desafio climático se apresenta, afetando a saúde respiratória da população: as queimadas. A consequente elevação na poluição do ar, somada à umidade baixa provocada pela seca, irrita as vias respiratórias.
Estratégias preventivas: fortalecendo o sistema imunológico
Para enfrentar esses desafios, proponho uma estratégia de defesa eficaz: a manutenção da hidratação adequada. Consumir água regularmente, mesmo sem a presença de sede, é crucial durante esta época seca.
O sistema imunológico pode ser fortalecido com uma dieta rica em frutas, vegetais, proteínas e carboidratos. Além disso, a prática regular de exercícios físicos e a renúncia a hábitos prejudiciais, como o fumo, podem servir como medidas preventivas efetivas.
Tratamento
Apesar de todas essas precauções, alguns podem acabar contraindo gripe durante o inverno. Para sintomas leves, como coriza, espirro e tosse, é possível recorrer à automedicação, desde que esteja bem familiarizado com seu corpo e resposta imunológica.
Contudo, é indispensável para aqueles com doenças crônicas, como asma, bronquite crônica e enfisema, a manutenção do acompanhamento médico regular. Também se recomenda a esses indivíduos a vacinação anual contra a gripe.
Distinguindo a gripe da Covid-19
No contexto da pandemia do novo Coronavírus, é comum as pessoas confundirem os sintomas da gripe com os da Covid-19. Uma infecção gripal comum pode gerar febre, mal-estar e congestão nasal. No entanto, a Covid-19, além de apresentar todos esses sintomas, também pode desencadear a anosmia (perda do olfato), tosse seca e falta de ar.
A presença de febre é um forte indicativo de que o quadro gripal pode ser mais complicado do que inicialmente aparenta. Nesses casos, o paciente deve buscar ajuda médica imediatamente.
Conclusão
A prevenção é a melhor forma de cuidar da saúde respiratória, principalmente durante o inverno. Adotar hábitos saudáveis, como manter uma boa hidratação e seguir uma dieta equilibrada, além de evitar práticas prejudiciais, como fumar, são estratégias-chave para robustecer o sistema imunológico.
É vital reconhecer os sintomas das doenças respiratórias e buscar ajuda médica quando necessário, sobretudo para pessoas com doenças respiratórias crônicas. O inverno é uma época do ano que exige cuidado extra, mas com precauções adequadas, é possível minimizar os riscos e manter a saúde respiratória em boa condição.
Lembre-se: se cuidar é um ato de respeito consigo mesmo e com os outros. Com medidas de proteção e hábitos saudáveis, podemos, cada um de nós, passar por essa estação do ano, mantendo a saúde e a alegria que o inverno, apesar do frio, traz consigo.