A hepatopatia grave é uma condição que afeta o fígado, comprometendo de forma significativa as funções desse órgão importante e gerando sérios riscos à saúde do paciente.
Entre as causas mais comuns estão doenças como hepatite crônica, cirrose hepática e câncer de fígado.
Devido à natureza debilitante dessa condição, muitas pessoas diagnosticadas com hepatopatia grave enfrentam dificuldades para manter suas atividades laborais, o que pode levá-las a solicitar benefícios do INSS, incluindo a aposentadoria por invalidez.
Este artigo explora o que caracteriza a hepatopatia grave, se a condição dá direito à aposentadoria por invalidez, quais são os sintomas, suas causas e como proceder para solicitar benefícios junto ao INSS.
O que é Hepatopatia Grave?
Hepatopatia grave é o termo usado para descrever doenças hepáticas que afetam severamente o fígado, comprometendo sua capacidade de realizar funções essenciais para o organismo.
O fígado é responsável por funções vitais como a metabolização de nutrientes, produção de proteínas e bile, desintoxicação do sangue e armazenamento de vitaminas e minerais.
Em uma hepatopatia grave, essas funções são prejudicadas, o que pode acarretar sérias complicações para a saúde.
As principais causas de hepatopatia grave incluem a hepatite viral crônica, cirrose hepática, doenças hepáticas autoimunes e o consumo excessivo de álcool.
A condição é considerada grave e debilitante, pois, além de comprometer a saúde geral, reduz significativamente a capacidade laboral, o que pode justificar a solicitação de benefícios como o auxílio-doença e, em casos de incapacidade total, a aposentadoria por invalidez.
Dependendo do grau de comprometimento, é possível também requerer a aposentadoria da pessoa com deficiência, caso a condição seja permanente e limitadora.
Hepatopatia Grave aposenta?
Sim, em muitos casos, a hepatopatia grave pode levar à concessão da aposentadoria por invalidez.
Esse benefício é voltado para segurados que, em razão de uma condição de saúde incapacitante, se tornam impossibilitados de exercer qualquer atividade laboral.
A hepatopatia grave pode afetar tanto a saúde física quanto a mental do paciente, tornando o trabalho inviável, especialmente em situações onde o paciente precisa de constantes monitoramentos médicos, tratamentos agressivos ou apresenta sintomas debilitantes como fadiga extrema, náuseas e perda de peso significativa.
Para receber a aposentadoria por invalidez, é necessário que o segurado apresente uma comprovação médica detalhada que ateste a incapacidade permanente para o trabalho.
A análise do INSS inclui a avaliação de exames e laudos médicos que demonstram a gravidade da condição.
Contar com um advogado previdenciário pode ser fundamental para garantir que a documentação esteja completa e que todos os direitos do segurado sejam resguardados. Em casos onde a incapacidade é parcial ou temporária, é possível que o segurado tenha direito ao auxílio-doença ou ao auxílio-acidente.
A aposentadoria da pessoa com deficiência também pode ser considerada para casos em que a hepatopatia gera limitações funcionais de forma contínua.
O que gera a Hepatopatia Grave?
A hepatopatia grave pode ser desencadeada por diversas causas, entre elas infecções virais, doenças autoimunes, toxinas e condições genéticas.
Uma das causas mais comuns é a hepatite viral crônica (como hepatite B e C), que pode levar à inflamação crônica do fígado e, em estágios avançados, à cirrose.
A cirrose hepática também pode se desenvolver devido ao consumo excessivo de álcool, que compromete gradativamente as células hepáticas, levando à falência do órgão.
Outras condições, como a doença hepática gordurosa não alcoólica e doenças autoimunes que afetam o fígado (como a cirrose biliar primária e hepatite autoimune), também estão entre as causas.
A exposição prolongada a toxinas, incluindo medicamentos e substâncias químicas, pode agravar o quadro, acelerando o dano hepático.
Em muitos desses casos, a progressão da doença compromete a qualidade de vida e a capacidade de trabalho, tornando o paciente elegível para benefícios como o auxílio-doença ou até a aposentadoria por invalidez, caso o comprometimento seja severo e irreversível.
Quais são os sintomas?
Os sintomas da hepatopatia grave variam conforme a progressão da doença e incluem cansaço extremo, fraqueza, perda de apetite, náuseas, vômitos e perda de peso.
Em estágios avançados, surgem sintomas mais graves, como icterícia (amarelamento da pele e dos olhos), ascite (acúmulo de líquido na cavidade abdominal), inchaço nas pernas, confusão mental e dificuldades de coagulação do sangue, que aumentam o risco de sangramentos.
Esses sintomas impactam diretamente a capacidade de trabalho, pois afetam o estado físico e mental do paciente.
A fadiga intensa, por exemplo, dificulta a execução de tarefas rotineiras, enquanto a perda de apetite e a perda de peso enfraquecem ainda mais o organismo.
Em situações graves, os sintomas podem incapacitar o paciente para o trabalho, tornando necessário o auxílio-doença para suportar financeiramente o segurado durante o tratamento, ou a aposentadoria por invalidez em casos onde a recuperação total não é viável.
Como dar entrada no INSS por Hepatopatia Grave?
Para solicitar benefícios como o auxílio-doença ou a aposentadoria por invalidez devido à hepatopatia grave, o segurado deve reunir uma série de documentos médicos que comprovem o diagnóstico e a gravidade da condição.
Laudos médicos, exames laboratoriais e exames de imagem (como ultrassom e tomografia do fígado) são essenciais para demonstrar o comprometimento das funções hepáticas.
É importante que os laudos sejam atualizados e detalhados, com o diagnóstico, descrição dos sintomas, tratamentos realizados e prognóstico do paciente.
Após reunir a documentação, o segurado deve agendar uma perícia médica junto ao INSS, onde passará por avaliação para verificar o grau de incapacidade.
Um advogado previdenciário pode auxiliar o segurado a organizar a documentação e a esclarecer dúvidas sobre o processo, aumentando as chances de aprovação do benefício.
Em casos de incapacidade temporária, o auxílio-doença é o benefício mais comum, mas em situações de incapacidade permanente, é possível solicitar a aposentadoria por invalidez ou a aposentadoria da pessoa com deficiência, conforme o impacto da condição.